sábado, 28 de maio de 2011

ÉTICA, PSIQUIATRIA E TELEVISÃO

Um psiquiatra conversa com o paciente e em seguida recomenda medicamentos para aliviar a dor. O psiquiatra lida com a emoção, algo que não aparece em exames. Ele indica o tratamento a partir da fala do paciente. É um jogo de acerto e erro. Se tal remédio não resolve, deverá ser adotado outro.

É interessante perceber que algo "não material" como a emoção, gera conseqüências reais no corpo humano. Uma vez, vi uma matéria na televisão na qual aparecia uma expressão: "síndrome do coração partido". Era dito que raiva, tristeza e estresse causam problemas no coração e pessoas ansiosas e com depressão teriam maior chance de infarto (ele seria resultado de pico de fúria de estresse). As respostas para alterar tais situações seriam conversas com amigos, rir e a ênfase em bons sentimentos.

A matéria na televisão, aparentemente, trata de coisas óbvias. No entanto, o método do psiquiatra para indicar os remédios não é baseado em exame de laboratório ou outra evidência científica. Mais do que a formação do médico, a sua postura ética é fundamental para que o resultado seja positivo. Nem sempre isso acontece. Existem as pressões dos laboratórios para vender os seus caros anti-depressivos. Ocorre ainda "o amor pelo dinheiro", que leva o psiquiatra a colocar os objetivos profissionais num segundo plano. Não é por acaso que vemos na televisão, algumas vezes, a prisão de médicos envolvidos em casos de corrupção.

A televisão funciona como um aparelho ideológico (Althusser). O papel da psiquiatria na história da loucura é questionável (Foucault). A atuação do psiquiatra, na atualidade, deve ser problematizada. O fato de ter feito uma faculdade e falar em nome da ciência, não garante que o médico esteja do lado da verdade.
Um psiquiatra conversa com o paciente e em seguida recomenda medicamentos para aliviar a dor. O psiquiatra lida com a emoção, algo que não aparece em exames. Ele indica o tratamento a partir da fala do paciente. É um jogo de acerto e erro. Se tal remédio não resolve, deverá ser adotado outro.

É interessante perceber que algo "não material" como a emoção, gera conseqüências reais no corpo humano. Uma vez, vi uma matéria na televisão na qual aparecia uma expressão: "síndrome do coração partido". Era dito que raiva, tristeza e estresse causam problemas no coração e pessoas ansiosas e com depressão teriam maior chance de infarto (ele seria resultado de pico de fúria de estresse). As respostas para alterar tais situações seriam conversas com amigos, rir e a ênfase em bons sentimentos.

A matéria na televisão, aparentemente, trata de coisas óbvias. No entanto, o método do psiquiatra para indicar os remédios não é baseado em exame de laboratório ou outra evidência científica. Mais do que a formação do médico, a sua postura ética é fundamental para que o resultado seja positivo. Nem sempre isso acontece. Existem as pressões dos laboratórios para vender os seus caros anti-depressivos. Ocorre ainda "o amor pelo dinheiro", que leva o psiquiatra a colocar os objetivos profissionais num segundo plano. Não é por acaso que vemos na televisão, algumas vezes, a prisão de médicos envolvidos em casos de corrupção.

A televisão funciona como um aparelho ideológico (Althusser). O papel da psiquiatria na história da loucura é questionável (Foucault). A atuação do psiquiatra, na atualidade, deve ser problematizada. O fato de ter feito uma faculdade e falar em nome da ciência, não garante que o médico esteja do lado da verdade.