sexta-feira, 8 de abril de 2011

PSICOTERAPIA

Na televisão ou no cinema, alguns personagens solteiros e independentes recorrem à psicanálise. Penso em dois exemplos: a série "Two and Half Men" e o filme "The Thomas Crown Affair".

Leio Freud. Fiz psicoterapia entre 1995 e 2009. Não tive alta, claro, "já que o processo analítico é, por natureza, interminável." Entrei naquilo que Renato Mezan chamou de "dissolução da transferência", ou seja: ser "capaz de prosseguir o processo psicanalítico sem a presença de um analista diferente de si." (A Vingança da Esfinge, p. 41)

A minha intenção, aqui, não é dizer por que comecei a fazer terapia e nem por que parei. Aliás, quando penso em voltar, imagino várias sessões discutindo essas problemáticas. Contudo, acho difícil voltar para o processo psicanalítico.

Tomei anti-depressivos receitados psiquiatras. Um deles suicidou. Fato significativo se for levado em consideração a profissão dele. Conheci um analista que suicidou também. Nos dois casos, me intrigou o fato que eles eram profissionais que ouviam os problemas dos outros. Quem escolhe essas profissões, pode estar pensando em ganhar dinheiro, mas imagino que, na prática, o profissional seria obrigado a lidar com muitos fantasmas que assustam a mente humana e isso o afetaria, direta ou indiretamente. Em outras palavras, escolher estar nesse meio profissional já seria uma caso que necessitaria de psicoterapia.