sexta-feira, 8 de abril de 2011

LIBERDADE E MUDANÇAS SOCIAIS - 1945-2011

A indústria farmacêutica atende aos anseios das pessoas na sociedade. Foi assim com a criação da pílula anticoncepcional, em 1960, e com a invenção do viagra, em 1998.

Desde do fim da segunda guerra mundial, em 1945, os indivíduos, no mundo ocidental, estabeleceram novas formas de lidar com a liberdade - "novas" na medida em que havia, ao mesmo tempo, o desenvolvimento da indústria capitalista e a invenção de máquinas, o que facilitaria o cotidiano da sociedade.

Quanto à liberdade, basta lembrar da criação da revista Playboy, em 1954 - antes, nos Estados Unidos, os homens viam as mulheres nuas em forma de desenho, um modelo chamado "pin up" - e do rock and roll em 1955. Na literatura, o destaque era a geração "beat".

Nos anos 1960, houve o fortalecimento dos movimentos que representavam as minorias, como as mulheres e os negros, e ainda o famoso "sexo, drogas e rock and roll", que mudaria o comportamento da juventude. De tudo isso, surgiram lideranças que ficaram associadas às drogas, como o escritor William Burroughs e o professor de Harvard, que seria demitido na época, Timothy Leary. Nos festivais de rock, falava-se abertamente do uso de drogas - ver o filme "Woodstock". Era comum a prisão de músicos, como Keith Richards, Mick Jagger e Jim Morrison, e a morte por overdose, Janis Joplin e Jimi Hendrix, por exemplo.

Na década de 1970, a invenção dos computadores pessoais, por estudantes da Universidade de Stanford, fortaleceria as liberdades individuais. O criador da Apple, Steve Jobs, não escondia que o nome da empresa estava associado aos Beatles. Ele usava drogas e incentivava um novo tipo de comportamento dos jovens da sua empresa. O rock consolidava-se como indústria cultural no final deste período. Os seus representantes - antes rebeldes - passaram a viver como milionários e se comportar como celebridades - o que levou a criação do movimento punk, como forma de resgatar as "raízes" do rock.

Após os anos 1980, os "nerds", que criavam programas para os computadores, seriam os novos milionários, chegando ao ponto de, na década de 1990, ter Bill Gates, criador da Microsoft, classificado como o homem mais rico do mundo.

O trabalho intelectual substituiria o trabalho manual na produção, o que, levaria, como uma de seus conseqüências, ao aumento de doenças mentais na sociedade - como ansiedades, fobias e depressões. Os representantes da indústria farmacêutica trabalhavam para atender uma nova demanda, com a invenção de anti-depressivos mais eficientes, como Prozac e Zoloft.

Após a queda do Muro de Berlim, os países comunistas do leste europeu, em crise, na década de 1990, adotaram a democracia e o capitalismo. Com tantas transformações, o resultado foi um mundo globalizado, pelo menos em termos de meios de comunicação.

Em 2001, com o ataque e a destruição das torres do World Trade Center, houve uma demonstração clara de que havia resistência ao estilo de vida capitalista. Os islâmicos tornaram-se os "vilões" da mídia ocidental e Ozama Bin Laden passou a ser considerado o principal terrorista do mundo. Nos Estados Unidos, "a guerra contra o terror" levou ao movimento de restrições das liberdades individuais e aumento dos poderes ao Estado. Houve um retrocesso.

Em suma, ao longo deste período, depois de 1945, ocorreram várias guerras e o fortalecimento da indústria bélica, mesmo considerando o risco de um conflito nuclear, que poderia levar ao fim da humanidade.

O século XXI está apenas no começo. Difícil saber como serão as próximas décadas. Provavelmente, os conflitos e as guerras não acabarão. A indústria "global" trará inovações tanto em relação aos armamentos quanto aos remédios que melhorarão a vida dos indivíduos no cotidiano. Esse processo deve continuar. O questão seria saber até quando... O profeta Nostradasmus e os Maias estabeleceram um ano limite: 2012. Será?